À medida que crescem os partidos, cresce também o protagonismo dos seus líderes. Em partidos de natureza autocrata, o protagonismo dos seus líderes torna-se evidente.
E já se sabe, protagonismo a mais de uma pessoa só, dá nisto, mesmo tratando-se de Francisco Louça, o mestre da causas nobres, transparência e defensor da causa socialista para beneficio da sociedade. Enfim, ao melhor jeito da sabedoria popular, quem tem telhados de vidro não deveria atirar pedras para o ar. Mas ele insiste em fazê-lo e ainda brincar com os estilhaços provocados pelos estragos da sua responsabilidade.
O líder do Bloco de Esquerda é contra os planos de poupança reforma (PPR) e os seus benefícios fiscais e no entanto descobre-se que tem subscrito estes planos e que inclusivamente tem apenas de poupança 30 mil Euros juntos, de uma vida inteira. Pergunto, quantos portugueses têm a felicidade de ter conseguido juntar 30 mil euros numa vida? Desvalorizam-se 30 mil quando o salário mínimo não chega a 500 euros e as pensões dos reformados uma vergonha, para não falar que centenas de milhares de pessoas não têm sequer a oportunidade de ter um ordenado.
Voltando ao cerne da questão, que lógica será esta em que se defende uma coisa, mas age-se em oposição? Segundo esta lógica, e como mero exercício, posso por exemplo denunciar os lucros dos hospitais privados, e ser um utente regular dos mesmos. Por outro lado posso querer reduzir a precariedade no trabalho e ter pessoas a trabalhar para mim a recibos verdes. Ou então talvez ser contra as culturas transgénicas e comprá-las num supermercado perto de casa. Isto tudo porque defendo o bem geral e não o meu em particular. Esta é a lógica do líder do Bloco de Esquerda.
Resumindo, para este líder, apregoar ou defender uma determinada causa e agir em contrário é perfeitamente normal, no fundo age um pouco como o Frei Tomás, Olha para o que ele diz, não para o que faz.
sábado, setembro 19, 2009
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