
Acertada ficou a necessidade de um contacto mais regular entre a direcção e a bancada, no sentido de promover uma maior articulação e evitar a falta de sintonia que marcou o período antes do congresso. Uma tarefa que caberá, em primeira instância, ao presidente do partido, José Ribeiro e Castro, e ao líder do grupo parlamentar, Nuno Melo. Mas que terá também como protagonistas Nuno Magalhães (vice-presidente da bancada encarregue das relações com a direcção) e Narana Coissoró. O histórico dirigente centrista, que regressou no último congresso à direcção do CDS, foi uma das vozes mais críticas do grupo parlamentar, na fase que antecedeu a reunião magna extraordinária dos democratas-cristãos. Narana Coissoró chegou mesmo a afirmar que se "instalou no Parlamento um grupo de deputados nomeados por Paulo Portas, críticos e adversários da actual direcção. É a tralha portista". Declarações que Nuno Melo viria a qualificar como "graves e injustas", após o que o também ex-deputado disse referir-se apenas a determinadas "pessoas que muitas vezes ofendem o partido e o presidente".
via DN