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quarta-feira, setembro 30, 2009

O exemplo vem de cima!!

Longe vão os tempos em que os comunicados ou decisões da Presidência da República eram consideradas como verdadeiros ensinamentos de instrução politica e seguidos com rigor e dedicação.

O presidente da república falava, o governo ouvia e respeitava, assim como um filho fazia com o seu pai, com respeito, admiração, afinal tratava-se de uma pessoa com experiência e vivência suficiente para se lhe reconhecer valor e sabedoria nas suas palavras.

Hoje em dia o cenário é bem diferente. Os filhos desrespeitam os pais como o fazem com os professores ou com os mais velhos. Os filhos ignoram os ensinamentos paternos julgando serem donos da verdade e terem saber enciclopédico. Os filhos para além de ignorarem as directrizes paternas, ainda as criticam e desrespeitam.

É esta a realidade da relação Presidência da Republica/Governo. O Presidente veta, o governo faz aprovar; o Presidente declara, o governo desdenha e insulta; o Presidente insurge-se, o governo subestima e ignora.

Ontem as declarações do PS em resposta ao comunicado do Presidente da Republica acerca das alegadas escutas foram de uma elegância desconcertante que a ética politica naturalmente repudia.

Não está em causa o direito à resposta dos partidos politicos que estejam no governo, mas palavras/expressões como "absurdas", "cortar o mal pela raiz" ou "polémicas inuteis" legitimam a falta de valores morais na sociedade do século XXI, afinal de contas o exemplo vem de cima!

Oldie

segunda-feira, setembro 28, 2009

Eleições Legislativas 2009 - RESULTADO HISTÓRICO - CDS-PP 10,46%


O CDS fez ontem um resultado histórico que apenas os mais distraidos e as sondagens não conseguiam prever.

Foi uma resposta clara aqueles que durante os últimos 26 anos ignoraram, desprezaram e acima de tudo, subestimaram um CDS que nunca deixou de resistir, mesmo em alturas de franca fraca percentagem de votos.

Paulo Portas liderou uma campanha clara e objectica, focando os problemas dos cidadãos, apresentando alternativas/propostas que vão de encontro a estes problemas. Conseguiu passar a mensagem, e a mesma foi assimilada.

Foi uma vitória em várias frentes. Desde logo, chegar aos 10,46%, dificil, mas nada impossivel para quem seguiu a campanha com alguma atenção. Depois, por se ter tornado na 3ª força politica nacional, num contexto de acentuada subida do Bloco de Esquerda, que juntamente com a CDU chegam quase aos 20%. Finalmente numa perspectiva de governo. É a única opção viável para maioria (descartando a mais que improvável hipotese de coligação PS+CDU+BE ou bloco central PS+PSD).

Ás eleições autárquicas servirão certamente como anestesiante destas eleições. Mas a ferida está aberta, e partidos como o PS ou PSD terão muitas dificuldades para a sarar.

Oldie.

segunda-feira, setembro 21, 2009

O Voto útil nestas eleições

Ao longo dos últimos anos o CDS foi sendo penalizado pelo chamado voto útil o que fez com que as votações fossem sendo bipolarizadas entre PS e PSD.
No cenário actual, os chamados "pequenos partidos" assumem especial importancia uma vez que irão contribuir decididamente para a formação de uma nova maioria governativa.
Nestas eleições o verdadeiro voto útil é o voto no CDS!!
É um voto útil para uma maior fiscalização na atribuição do Rendimento Social de Inserção. É um voto útil para uma dignificação do papel dos Professores com mais autoridade nas escolas (autoridade não é autoritarismo!!!). É um voto útil no combate à Insegurança que se vive nas ruas com uma verdadeira reforma das leis penais e processuais penais.
É um voto útil na nossa Agricultura com verdadeiras políticas de apoio aos agricultores.
É acima de tudo um voto útil no combate a uma maioria de Esquerda que no cenário actual de voto repartido irá ser centrada à esquerda radicalizando a acção governativa.
Eu considero o meu voto útil, por isso voto convictamente no CDS!!!
Sentimos que existe cada vez mais gente a pensar como nós. Não basta pensar é preciso votar!

sábado, setembro 19, 2009

Olha para o que ele diz, não para o que faz!

À medida que crescem os partidos, cresce também o protagonismo dos seus líderes. Em partidos de natureza autocrata, o protagonismo dos seus líderes torna-se evidente.

E já se sabe, protagonismo a mais de uma pessoa só, dá nisto, mesmo tratando-se de Francisco Louça, o mestre da causas nobres, transparência e defensor da causa socialista para beneficio da sociedade. Enfim, ao melhor jeito da sabedoria popular, quem tem telhados de vidro não deveria atirar pedras para o ar. Mas ele insiste em fazê-lo e ainda brincar com os estilhaços provocados pelos estragos da sua responsabilidade.

O líder do Bloco de Esquerda é contra os planos de poupança reforma (PPR) e os seus benefícios fiscais e no entanto descobre-se que tem subscrito estes planos e que inclusivamente tem apenas de poupança 30 mil Euros juntos, de uma vida inteira. Pergunto, quantos portugueses têm a felicidade de ter conseguido juntar 30 mil euros numa vida? Desvalorizam-se 30 mil quando o salário mínimo não chega a 500 euros e as pensões dos reformados uma vergonha, para não falar que centenas de milhares de pessoas não têm sequer a oportunidade de ter um ordenado.

Voltando ao cerne da questão, que lógica será esta em que se defende uma coisa, mas age-se em oposição? Segundo esta lógica, e como mero exercício, posso por exemplo denunciar os lucros dos hospitais privados, e ser um utente regular dos mesmos. Por outro lado posso querer reduzir a precariedade no trabalho e ter pessoas a trabalhar para mim a recibos verdes. Ou então talvez ser contra as culturas transgénicas e comprá-las num supermercado perto de casa. Isto tudo porque defendo o bem geral e não o meu em particular. Esta é a lógica do líder do Bloco de Esquerda.

Resumindo, para este líder, apregoar ou defender uma determinada causa e agir em contrário é perfeitamente normal, no fundo age um pouco como o Frei Tomás, Olha para o que ele diz, não para o que faz.

domingo, setembro 13, 2009

Debates Eleições Legislativas 2009


O debate de ontem entre o Eng. José Sócrates e a Dra Manuela Ferreira Leite concluiu o ciclo de debates que colocou frente a frente, todos os candidatos a primeiro ministro com maior representação de eleitorado.

Na minha opinião, os grandes vencedores foram o Primeiro Ministro e Paulo Portas.

Francisco Louçã, apregoa a exlusividade do seu "socialismo" e foi humilhado no debate com José Socrates, ao admitir com as suas respostas atrapalhadas, que não domina o seu programa eleitoral. Agora usa o seu erro básico, para propaganda do seu programa, sinceramente esperava mais.

Jerónimo Sousa apresentou os discursos mais pobres de todos os candidatos. Falta de ideias, fraca capacidade de resposta e lentidão de raciocinio. Não transmite confiança e tem um discurso formatado.

Manuela Ferreira Leite não estudou os programas dos seus adversários e foi sempre nota dominante o facto de ser confrontada com a omissão no seu programa de matérias relevantes para um programa de governo.

José Sócrates foi sempre mais do mesmo. Cria armadilhas para os seus oponentes cairem (como o caso da privatização da saúde e educação no caso de ontem) e espera tranquilamente que caiam. Tem dois tipos de discursos, ora vangloria-se pelas obras do seu mandato que agora termina, ora critica os seus oponentes por terem estado em governos anteriores.

Paulo Portas foi elogiado por grande parte dos media, ganhando talvez todos os debates, incluindo o primeiro com o primeiro ministro. Mostrou inteligência e clareza na demonstração das medidas previstas no seu programa eleitoral, previligiando sempre a segurança e apoio às pequenas e médias empresas como nota dominante.

De nenhum deles ouvi falar em matérias com menos impacto, nomeadamente o Turismo que é sempre tido como sendo dos principais motors economicos do país, mas que é sempre negligenciado em tempos de antena de horário nobre em debates decisivos.

Oldie.