Muito se tem falado do caso Freeport e do suposto envolvimento do primeiro ministro José Sócrates.
A comunicação social tem empolado o assunto, com investigações mais ou menos crediveis, e todos os dias tem aparecido em manchete uma notícia relacionada com o assunto. Considero que a maneira como esta matéria tem sido abordada é errada, injusta, cobarde e sem fundamento. O timming será talvez certeiro, ano de eleições, o actor é recorrente (lembre-se o mesmo caso há 4 anos e o caso do curso de engenharia), e o pano de fundo propício - reserva ecológica? Área protegida? - enfim, a sustentabilidade do meio ambiente envolvente colocado em causa.
Perante o cenário que o país actualmente apresenta, não é necessário tentar atingir o primeiro ministro com estas minudências (conceito na moda). A tão famigerada crise, seja ela especulativa ou não, chega e sobra para não querermos mais uma maioria PS nem um mandato José Sócrates.
Aliás, a matéria Freeport até pode ser usada para desviar as atenções do país, completamente centradas no estado do mesmo. E sabemos como o nosso primeiro ministro se sabe movimentar e usar estas supostas tentativas de sabotagem para propagandear uma atitude vitimista. Já começou, e normalmente consegue-o com sucesso.
Concluíndo, as atenções deverão ser centradas no estado do país, no que se passa nas famílias portuguesas, nas fábricas que diariamente fecham, no caos que se instalou no sistema bancário, no estado da educação, nomeadamente o sistema de avaliação dos professores, nos centros de saúde que não escoam os doentes, nas urgências sem capacidade, etc.
Deixemo-nos de casos Freeport e centremo-nos em casos especificos, delineando prioridades com critérios de substância e consistência, que realmente afectam e continuarão a afectar os portugueses. Hajam prioridades, e este caso não será uma delas...
Oldie.
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